O estresse é uma reação comum em cada ser humano, no entanto, quando esse sentimento é muito intenso, ele pode gerar consequências físicas ou até mesmo emocionais. É comum sentirmos essa resposta fisiológica em momentos que preocupam o nosso dia a dia, podendo ser causada pelo término de um relacionamento, perda do emprego, falta de tempo para o lazer e, principalmente, pelo excesso de pressão no trabalho.
Segundo o estudo State of the Global Workplace 2024, realizado pela empresa estrangeira Gallup, o Brasil ocupa a 4ª posição entre os países da América Latina que apresentam o maior nível de estresse entre seus trabalhadores.
Esse estresse no trabalho é uma realidade cada vez mais presente no cotidiano de diversos brasileiros, que prejudicam não somente a sua produtividade, mas também a sua saúde.
Estresse Ocupacional: O que é?
Ele ocorre quando as demandas profissionais excedem a capacidade do indivíduo de lidar com elas. Fatores como excesso de trabalho, prazos apertados, baixa autonomia e falta de apoio são alguns dos gatilhos comuns. Os sintomas mais comuns possuem relação com a dificuldade de concentração, pessimismo, faltas frequentes no trabalho, ansiedade e irritabilidade. Vale lembrar também que esses sintomas não desaparecem ou amenizam quando você volta para casa.
Embora o estresse ocupacional e síndrome de Burnout estejam relacionados, eles não são a mesma coisa. O estresse ocupacional refere-se a uma resposta geral de tensão e pressão devido a demandas excessivas no ambiente de trabalho, causando ansiedade, exaustão, bem como dificuldade em lidar com as responsabilidades do trabalho.
Por outro lado, o burnout é um estado mais avançado e severo de estresse crônico relacionado ao trabalho. Ele envolve, por exemplo, uma exaustão emocional e redução da realização pessoal no trabalho. Quando o estresse ocupacional não é gerenciado, ele pode evoluir para a Síndrome de Burnout.
Como identificar?
Reconhecer os sintomas pode ser difícil e exige bastante atenção nas pequenas mudanças do comportamento. Alguns sinais de alerta podem ser:
- Atraso nas entregas de tarefas
- Pouca interação entre os colaboradores
- Ausências frequentes ou excesso de horas extras
- Falta de concentração, queixas sobre cansaço e desinteresse
- Aumento no consumo de álcool
- Dores de cabeça, problemas gastrointestinais ou cansaço crônico.
É possível prevenir? Como?
Existem algumas estratégias que você pode utilizar para tratar e prevenir o estresse ocupacional, entre elas estão:
- Gerenciar o tempo;
- Estabelecer limites;
- Praticar exercícios físicos e técnicas de relaxamento;
- Priorizar o sono;
- Fazer pausas regulares durante o dia.
Já para as empresas, é possível apostar em ferramentas para diagnóstico de estresse no trabalho, incentivar o reconhecimento dos colaboradores, promover práticas saudáveis e benefícios que sejam alinhados ao perfil da equipe, além de oferecer oportunidades de desenvolvimento e promover a diversidade e inclusão.
O estresse ocupacional tem se tornado uma realidade no ambiente de trabalho, afetando tanto a saúde quanto a produtividade. Com ações tanto individuais quanto organizacionais, é possível promover um ambiente mais saudável e equilibrado, beneficiando o bem-estar de todos a longo prazo.