No dia 14 de junho foi comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, data marcada para homenagear todos os doadores e também para conscientizar a importância desse ato para doenças hematológicas. Dito isso, destacamos que nesse período uma campanha de grande importância merece destaque: o Junho Laranja.
A campanha do Junho Laranja surge com o propósito de alertar e conscientizar as pessoas sobre a anemia e a leucemia, duas doenças de sangue que precisam da sua atenção. Você sabe o que elas são?
Anemia: Causas e sintomas
A anemia surge de condições resultantes da deficiência na concentração de hemoglobina, elemento este que possui as funções de transportar oxigênio dos pulmões às células e produzir hemácias. É importante destacar que existem vários tipos de anemia (ferropriva, megaloblástica, hemolítica, entre outras).
Entre as diversas causas para esses tipos de anemia podemos citar: carência de vitamina B12 ou ácido fólico, falta de ferro, doenças crônicas ou hereditárias, sangramentos excessivos ou problemas na medula óssea.
Seus sintomas muitas vezes podem ser confundidos com outras doenças existentes, portanto é necessário estar atento a:
- Tontura;
- Falta de apetite;
- Mãos e pés frios;
- Palidez na parte interna dos olhos e gengivas;
- Coração acelerado.
Leucemia: Causas e sintomas
A leucemia é um tipo de câncer que afeta a medula óssea a partir do acúmulo de células anormais, que acabam substituindo as células sadias. Com ela, os glóbulos brancos são produzidos de maneira descontrolada e reduzem o espaço na medula óssea para outras células que compõem o sangue, resultando em uma predisposição a hemorragias, anemia e infecções.
As causas para os tipos de leucemia ainda não são conhecidas, mas podem estar relacionadas à genética, exposição a agentes químicos ou à radiação.
Os sintomas podem ser:
- Febre;
- Manchas roxas pelo corpo;
- Sangramentos nasais e nas gengivas;
- Fraqueza e dores nas pernas;
- Sudorese noturna.
Em ambos os casos de tratamento dessas doenças, a doação de sangue é essencial. Principalmente no caso da leucemia, esses pacientes oncológicos perdem a capacidade de repor o próprio sangue e dependem ainda mais da doação sanguínea de terceiros.
Processo de transfusão de sangue
Antes de realizar uma transfusão, é retirada uma amostra de sangue para verificar o tipo, volume e quantidade de células sanguíneas para definir se o paciente está apto, depois disso, a transfusão é realizada por meio de uma agulha ou catéter que acessa a veia dos braços ou das mãos. O processo dura em torno de três horas e é indolor, possibilitando que atividades como ler, se alimentar, ouvir música ou conversar, sejam feitas por quem está recebendo a transfusão.
A transfusão pode ser feita para repor:
- Glóbulos vermelhos;
- Plaquetas;
- Plasma.
Os procedimentos de transfusão agem como uma ajuda ao corpo até que a produção de sangue volte ao normal, portanto duram o tempo que for necessário para cada paciente. Em casos onde crenças ou religiões impeçam a transfusão, pode ser feita a autotransfusão. Esses casos são mais comuns quando falamos de cirurgias, onde o sangue pode ser retirado do próprio paciente antes do procedimento, para depois ser usado na transfusão.
Salve uma vida, seja um doador!
Você sabia que para as pessoas que lutam contra essas doenças, a sua doação pode ser um fator decisivo?
Em casos de leucemia ou anemia profunda, a transfusão de sangue ou o transplante de medula óssea pode ser a única chance de cura, e por isso se tornar um doador é muito mais do que um ato de solidariedade.
Se você possui entre 16 e 69 anos e possui uma boa condição de saúde, você já está apto para fazer uma doação de sangue, mas lembre-se de conferir outros requisitos e impedimentos de acordo com o Hemocentro mais próximo de você. Se você não puder ser um doador de sangue, compartilhar a informação e encorajar os outros também fará a diferença e será de grande ajuda! Instituições que precisam de estoques de sangue contam com você.
Além da doação de sangue, você também pode ser um doador de medula óssea. No Brasil, a chance de se encontrar um doador compatível é de 1 em 100 mil, portanto quanto mais doadores estiverem cadastrados em algum hemocentro, maiores serão as chances de encontrar um perfil apropriado e salvar uma vida. Para estar apto para doar, é necessário possuir entre 18 e 35 anos, e não apresentar histórico de doenças infecciosas, hematológicas ou imunológicas.
Para pessoas vítimas de anemia, leucemia ou outras doenças hematológicas, sua doação de sangue ou de medula óssea faz a diferença e pode significar um novo começo! Seja um doador e salve uma vida.
